sábado, 20 de março de 2010

Cegonha!

Da varanda da minha casa vejo a casa dela...
Como a admiro...
Todos os anos regressa ao mesmo local, reconstrói a casa com toda a ternura, com todo o cuidado. Voa kilómetros e kilómetros para encontrar os materiais que mais se adequam ao seu ideal de ninho, pois será lá que passará os próximos meses, que nascerão os filhos e que a partir de lá mais kilómetros serão feitos para trazer comida para alimentar as crias.
Hoje ao ver-te nessa azafáma, lutando contra a chuva e o temporal que se abatia, mais te passei a admirar...
Nem as condições climatéricas te fizeram parar... o vai e vem durou o dia todo.
A tua casa lá no alto dos céus não deixa ninguém indiferente.
O teu esvoaçar põe toda a gente a olhar para o céu.
Gosto de te ver a andar atrás do meu pai quando ele lavra os terrenos e tu procuras comida.
Uma simbiose perfeita!
A tua dedição faz inveja a qualquer humano.
A lenda conta que, na época em que os bebês costumavam nascer em casa, as mães diziam aos filhos que os bebês haviam sido trazidos pela cegonha justificando o aparecimento repentino de um novo membro na família. Para explicar o descanso da mãe depois do parto, dizia-se que, antes de partir, a cegonha havia bicado sua perna.
A escolha da cegonha como símbolo foi devido a sua característica dócil e protectora, que dedica atenção especial e carinho às aves doentes ou mais velhas.
A cegonha transmite a quem a olha uma mistura de generosidade e fidelidade ao ninho rara.
Algo que faz tanta falta entre nós seres humanos...
Que voltes sempre a este lugar...
Que eu possa voltar a ver-te!

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